Dra. Heloisa Russ*
O tratamento da catarata varia de pessoa para pessoa. O tipo de cirurgia (ultrassom ou a laser) e a escolha da lente (monofocal, multifocal, trifocal, foco extendido) são avaliadas pelo oftalmologista individualmente. A decisão é tomada juntamente com o paciente, após avaliar as condições da visão, as necessidades de visão e o estilo de vida do indivíduo.
A cirurgia de catarata tem um perfil de segurança tão alto que é possível transformá-la em um procedimento com finalidade refrativa, baseado na escolha da lente intraocular. Nem todos os pacientes têm indicação para implante de todos os tipos de lentes. É possível corrigir astigmatismo, miopia, hipermetropia e presbiopia existentes na cirurgia de catarata.
Em geral, a catarata acomete, com maior intensidade, indivíduos com mais de 60 anos – idade em que surgem outros problemas de saúde. Por isso, quando se espera demais para realizar o procedimento, intensificam-se os riscos, daí a necessidade de realizar o tratamento o quanto antes e evitar possíveis complicações com a saúde.
Se não tratada, a catarata impacta na qualidade de vida e segurança da pessoa, pois a perda da acuidade visual a torna incapaz de ler, trabalhar, dirigir e, muitas vezes, afasta o portador do convívio social e familiar.
Além de interferir na independência da pessoa, a catarata está associada à depressão, diabetes, problemas de audição, AVC, quedas e tombos, declínio cognitivo, Alzheimer, acidentes de carro e até mesmo morte prematura.
Estudos e acompanhamentos realizados com pacientes comprovam um aumento da qualidade de vida e das atividades relacionadas à visão após a cirurgia de catarata. Melhora do bem-estar físico e emocional, otimismo e melhora da confiança associada a uma vida mais independente são alguns dos resultados alcançados com a cirurgia de catarata.