Diabetes mal controlada aumenta riscos de problemas nos olhos

O número de pessoas com diabetes vem crescendo muito. De acordo com o oftalmologista Felipe Patriota, especialista em retina, estima-se que, no mundo, há mais de 350 milhões de diabéticos. No Brasil, a projeção é de cerca de 12 milhões, o que significa 7% da população.

Como os sintomas da doença vão aparecendo aos poucos, é muito importante o controle clínico da saúde do paciente. A diabetes mal controlada pode afetar a visão, podendo causar cegueira. Embora muitos ignorem, a doença pode ser diagnosticada por meio de um exame oftalmológico. “O olho é o reflexo do que se passa no nosso organismo e, às vezes, antes mesmo da diabetes se manifestar, é possível identificar algum sinal da doença no olho”, explica Patriota. Sintomas como pontos pretos na visão, manchas vermelhas (como hemorragia) e até borramento das imagens podem indicar que a mesma já afeta a visão. Por isso mesmo, o médico afirma que todos os pacientes diabéticos devem realizar visitas regulares ao oftalmologista, sendo indispensável o cuidado com a saúde de modo geral. O oftalmologista esclarece que “depende de cada pessoa, mas pensando nos tipos da doença, geralmente, nas crianças e adolescentes, a diabetes tipo 1 apresenta sinais oftalmológicos a partir de 10 anos após o diagnóstico. Nos adultos, a tipo 2, a partir de 5 anos (após o diagnóstico) pode começar a afetar os olhos”.

A cegueira é reversível quando tratada na fase inicial. Entretanto, é importante controlar a diabetes de forma integrada, uma vez que o tratamento envolve outras especialidades médicas. O tratamento oftalmológico pode ser feito com laser e medicações específicas. “Nas fases iniciais, existem os tratamentos clínicos de controle da glicemia. E é importante porque a glicemia alta pode alterar o grau de visão. Já em casos de sangramentos ou inchaços, existem os tratamentos com laser, que são indolores, e com medicações específicas, que evitam ou regridem o dano da diabetes no olho. Em casos mais avançados, o trato é cirúrgico”, explica o especialista.

Fonte: Diário de Pernambuco

Notícias

Rolar para cima